Oficina de Libras reforça trabalho de inclusão do ILBJ

Proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência em diferentes espaços sociais é uma máxima que vem sendo propagada em todo o mundo. Pensando em fazer com que os jovens do Instituto Luciano Barreto Júnior (ILBJ) também estejam inseridos nesse contexto mundial foi implantado o curso básico I de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para os participantes do projeto ‘Conectando com a Vida’. Ao todo 180 adolescentes participaram do curso durante 2012.
O curso é ministrado pelo professor de matemática e especialista em Libras, Romário Lima, que sempre teve uma atenção a mais com as questões de educação especial. “Antes de ter contado com a Libras me interessava muito pelo trabalho desenvolvido com crianças com síndrome de Down. No entanto, depois de um mini curso de língua de sinais que participei em um congresso me apaixonei pela nova língua. Desde então, venho me especializando e me qualificando para a fluência nessa nova comunicação”, explicou Romário.
Durante o curso o participante conhece a origem da língua, compreende a importância do aprendizado para a inserção do surdo na sociedade, desenvolve o espírito de cidadania e respeito em relação ao indivíduo surdo, a necessidade que o mercado aponta para pessoas com essa qualificação e oportuniza o fortalecimento da autoestima, da construção de identidade e de sua autonomia. “A Libras é a segunda língua oficial em nosso país e seu domínio quebra as barreiras de comunicação entre o ouvinte e os surdos”, afirmou o professor da oficina.
Romário descreve que a língua de sinais é um idioma como outro qualquer. “Nós temos características linguísticas como gramática, fonética e morfologia. Para se comunicar é necessário utilizar as mãos e a expressão corporal. As mãos são a voz e os olhos são os ouvidos. O aprendizado é uma forma de conscientizar o ouvinte a não impor a sua cultura aos surdos. Essa oficina é uma forma de reforçar o trabalho de inclusão que o ILBJ já desenvolve”, ressaltou Romário Nunes.
A jovem do ‘Conectando com a Vida’, Glauciane Alves, mostra que aprendeu usando em seu dia a dia. “Sempre tive curiosidade em saber o que os gestos significavam quando via algum surdo conversando com outro. Hoje, além de entender os sinais, pratico na escola onde eu estagio. A instituição atende um surdo e a oficina ajudou a melhorar a minha comunicação com ele e a dele com o pessoal do colégio. Além disso, ter Libras no currículo é um diferencial”, disse Glauciane.