Balada ou Cilada?
Encontrar alguém que deu mancada ou passou por uma saia justa na balada não é nadinha difícil. Tem sempre alguém que se descuida e acaba zoando a noite da galera. Mas isso não é legal e tem como evitar, porque não adianta nada esperar tanto por uma festa, preparar o visu, chamar o pessoal e depois só ter coisas ruins para contar. Entrevistamos três meninas que passaram por situações-limite, mas aprenderam a lição e agora contam tudo para você ficar ligada. Parece até mentira! E, para se prevenir, o host Rodrigo Fernandes, da balada paulistana Clube Glória, dá dicas pra escapar das ciladas mais comuns para você curtir a noite sem susto. Quer alguém que entende mais de balada? Então aproveite as sugestões e divirta-se com consciência!
“Fui com uma prima mais velha numa festa de são João. Por lá, a venda de bebidas alcoólicas é livre e a fiscalização não é lá essas coisas. No último dia de festa, encontramos uma barraca típica que vendia licor bem mais barato que as outras. Não pensamos duas vezes e compramos. Depois de alguns goles ficamos com uma sensação de euforia fora do normal. Conhecemos uns garotos legais que perceberam que a gente não estava bem. Foi a nossa sorte! Eles cheiraram nosso copo e perceberam que tinha roupinol (uma substância alucinógena que deixa a pessoa inconsciente). Não sei quem colocou, se os próprios vendedores ou alguém que se aproveitou de um descuido, mas nunca me senti tão eufórica na vida. tivemos sorte de encontrar quem nos ajudasse. Do jeito que ficamos, alguém poderia ter nos roubado, ou feito coisa muito pior. Nosso estado era lastimável, nem conseguimos colocar a chave na fechadura para abrir a porta de casa. No outro dia, além da ressaca, sentimos enjôos e mal-estar o dia todo. A partir de então, comecei a ter mais cautela. Diminuí a quantidade, não compro mais bebida em qualquer lugar e nunca fico longe do meu copo, porque sei que tive sorte e nem sempre as histórias terminam assim.”
Juliana*, Salvador, BA
“Estava superanimada com a primeira festa da faculdade – a famosa recepção aos “bixos”. Fui disposta a aproveitar ao máximo. A festa era open bar – cerveja, vodka e tudo mais à vontade. Quando chegamos, comecei a beber, só que à medida que a animação aumentava, ia misturando diferentes tipos de bebidas. Mais ou menos duas horas da manhã comecei a sentir tontura, enjôo, uma sensação estranha de perda de controle. Lembro só que acordei às 6h da manhã em um hospital, com minha amiga chorando e alguns médicos me observando. Ela estava desesperada, pois eles queriam ligar para os meus pais. Comecei a chorar ao me ver naquela situação. Estava suja de vômito, descabelada, com adesivos de eletrodos colados no meu corpo e uma veia estourada no braço. Pedi aos médicos que não avisassem meus pais, pois além da preocupação seria uma decepção imensa pra eles me ver naquele estado. o cara com quem eu estava ficando me levou pra casa. Jogava handebol e não consegui treinar no dia seguinte… o corpo não respondia. Aprendi que se eu quero curtir de verdade uma festa, a bebida não pode ser a minha principal companhia!”
Nathália*, São Paulo, SP
“Eu estava de férias em Minas Gerais, na casa das minhas tias. Como sempre vou para lá, já conheço a galera amiga dos meus primos, e sempre saímos juntos. Numa sexta-feira, eles me convidaram para ver uma banda da faculdade deles tocar, e eu fui. Chegando lá, cada pessoa recebia um cartão, que era tipo uma comanda. Durante a noite eu conheci um menino e ficamos. Como a calça que eu estava usando não tinha bolso, pedi para ele guardar meu cartão. Foi a maior burrada, mas na hora eu nem pensei que ele pudesse ir embora antes de mim e sem me falar tchau. Mas foi bem o que aconteceu. Eu rodei a balada toda atrás dele e nada de encontrar! Fui na hora explicar para o gerente o que tinha acontecido, mas ele não me levou a sério e falou que eu teria que pagar R$ 200, o preço para quem perde a comanda. Eu comecei a chorar, mas não teve jeito. Como eu não tinha toda essa grana, meus primos dividiram o valor entre eles e depois eu paguei o quanto pude. Foi horrível, até hoje não entendo como fui burra!”
Stephanie*, São Paulo, SP
*Os nomes foram trocados para preservar as entrevistadas.
7 Ciladas e como (tentar) sair delas
1 Beber demais
Não dá mais para cair nessa! Você tem que saber o seu limite, e nada de misturar bebida, pois o resultado não faz mal só para o momento da festa, estraga também o seu organismo e o dia seguinte! É muito comum os amigos decidirem fazer um “esquenta” na casa de alguém, onde bebem além da conta e já chegam na casa noturna “passando da conta”.
Solução: a melhor coisa é maneirar! Afinal, pra que ir numa balada e não lembrar de nada no dia seguinte? Se o host perceber que você não tem condições de entrar na balada, pode até lhe barrar para que não incomode ninguém, deixando só uma parte da galera pra dentro. Lembre-se também que meninas são naturalmente mais frágeis e ficam bêbadas mais rápido.
2 Copo
Existem pessoas de má-fé por aí, e nunca conseguimos saber quem elas são. se você for a uma festa, fique sempre de olho no seu copo. Mesmo que estiver bebendo água, suco ou refrigerante, qualquer um pode colocar uma substância tóxica como o famoso “Boa Noite Cinderela” lá dentro, fazendo você ficar mal. Pessoas desse tipo aproveitam que a garota já está um pouco bêbada e agem.
Solução: segure seu copo, latinha ou garrafa na mão. Evite dividir com alguém e não dê goles para quem você não conhece. Nem beba de ninguém!
3 Comanda
Se a balada não for open bar (aquelas que têm bebida de graça), muitos barzinhos e casas noturnas distribuem comandas para cada pessoa. são cartões individuais onde os garçons marcam o que cada um consumiu. se você perder o seu ou der bobeira para alguém roubar, tem que pagar uma grana beeem alta de multa, afinal, não tem como saber tudo o que você consumiu ou não.
Solução: guarde-a muito bem, sempre junto com você para mostrar ao garçom sempre. Não deixe na bolsa e nem peça para ninguém segurar. Se perder, avise imediatamente o gerente da casa. Você terá que pagar, mas caso encontre o documento depois, tem balada que até devolve a grana.
4 Táxi
Para ir e voltar de uma balada, você pode optar pelos serviços de táxi. Mas fique de olho se eles são de empresas legais, para transportar você com segurança.
Solução: pesquise na internet ou peça para o gerente da balada que você vai os telefones de algumas companhias sérias. Anote o número no seu celular. Você também pode se credenciar nos sistemas de rádio-taxi, daí sempre o mesmo carro, que já sabe quem você é e onde mora, vai buscá-la.
5 Meninos malas
Nem é sempre que vamos a uma festa e queremos ficar com alguém. E mesmo se a gente não quer, tem sempre aqueles caras chatos que insistem até o fim e, de tão chatos, fazem a gente desistir. Não dá né?
Solução: seja sincera e diga que não quer. Não minta ou brigue com o cara. Se ele continuar, você pede ajuda ao segurança, que vai avisá-lo que se continuar agindo assim terá que sair!
6 Dividir a conta
Muitas vezes a galera decide marcar tudo o que consome em uma única comanda. o problema é que cada um compra coisas diferentes, e os valores dos pratos e das bebidas variam. Imagina se você não come nada e tem que pagar a conta de quem encheu a pança?
Solução: a melhor coisa é sempre pedir comandas separadas, assim cada um pode controlar o que compra e ir embora a hora que quiser!
7 Bolsa
Bolsa e balada não combinam. Nada a ver ficar carregando aquele pacotão cheio de coisa. Deixar na chapelaria pode lhe render uma continha alta.
Solução: leve o mínimo possível de coisas com você, só dinheiro, celular e o RG atualizado (não pode ser antigo, para o host identificar você sem dificuldades).