Consciência negra é trabalhada no ILBJ

O Instituto Luciano Barreto Júnior (ILBJ), responsabilidade social da construtora Celi, realizou o projeto ‘Ide(i)ação: Consciência Negra’. A iniciativa tem por objetivo fomentar discussões em torno da diversidade cultural existente no Brasil a fim de que seja respeitada e valorizada. Para isso o trabalho foi dividido em três vertentes: História, Cultura e Diversidade; Ser humano, Direitos humanos e Igualdade; Educação, ética e Etnia. Apresentações teatrais, mosaico, dicionário e brincadeiras de origem africana foram algumas das atividades desenvolvidas pelos adolescentes e jovens. 
A metodologia utilizada com os adolescentes e jovens do ILBJ foi construída a partir da constatação de que embora a matriz africana faça parte da formação de nosso país em diversos aspectos, pouco se conhece sobre a mesma, e esse mesmo desconhecimento gera muitas vezes preconceito e ignorância diante de uma cultura tão rica. “Desde 2011 trabalhamos esse tema com nossos adolescentes e jovens, a princípio porque no Brasil 51% da população são formados por negros em seguida nos situamos na região Nordeste onde 21% do total da população é negra, em Sergipe 8,9% se considera negro no ILBJ em um universo de 1200 adolescentes e jovens 21% se considera negro e 54% se considera mestiço” destacou a gerente e coordenadora pedagógica do ILBJ, Valéria Freire.
Projetos que proporcionem o conhecimento dos valores da africanidade podem ajudar os educandos a minimizar as manifestações de preconceito, levando a um alargamento da visão de mundo e seus diversos componentes. “O ILBJ tem se preocupado nesses 11 anos em oportunizar melhoria na qualidade de vida a adolescentes e jovens advindos de famílias vulnerabilizadas social e economicamente através do desenvolvimento humano para o exercício da cidadania e para o mundo do trabalho. No projeto “Ide(i)ação: Consciência Negra” procuramos trabalhar a identidade étnica e o sentimento de pertencimento da condição de ser negro no Brasil como considerando o respeito a diversidade humana e a abominação ao racismo e preconceito”, ressaltou Valéria Freire. 
Há dois anos o projeto tem se voltado para a questão relacionada ao combate do genocídio da juventude negra do total de assassinatos registrados no Brasil, 53% têm jovens como vítimas e destes, mais de 75% são negros e do sexo masculino. “O objetivo do ILBJ é fazer com que cada adolescente e jovem atue como protagonista de uma sociedade mais justa e igualitária e que através da construção de conhecimento possa vir a defender a ideia de justiça social e de direitos iguais para todos”, finalizou a gerente e coordenadora pedagógica.