ILBJ estimula o despertar para o conhecimento

Valorizar a experiência e a vivência como possibilidade de ser retomada ao seu mundo a relação com o saber. Esse é o projeto ‘Despertar para o Conhecimento’ desenvolvido com os operários da Construtora Celi, mantenedora do Instituto Luciano Barreto Júnior (ILBJ). Na aula é utilizada a metodologia de Alfabetização Informacional e Comunicacional como estratégia de despertar o interesse no aprender.  
O projeto viabiliza o retorno ao contexto socioeducativo que eleva a autoestima e autoconfiança viabilizando um natural movimento de mobilização para a construção de novos conhecimentos. Tornando também o participante um ser humano cada vez melhor e cidadão pleno, consciente de direitos e deveres. O curso consiste em aulas de informática básica e avançada, além de palestras sobre economia doméstica, saúde do homem e da mulher, doenças sexualmente transmissíveis, dentre outras.
O projeto ‘Despertar para o Conhecimento’ surgiu em 2006 tendo em vista promover junto ao operário de obra da Construtora Celi a inclusão digital o acesso a informação possibilitando a construção do conhecimento. “Trabalhamos com o conceito de infoinclusão social que amplia as condições de inclusão digital por trazer para o contexto de aprendizagem questões relacionadas ao social como ética, cidadania e trabalho”, afirmou a gerente do ILBJ, Valéria Freire.
Ainda segundo a gerente do instituto, o projeto já passou por diversas fases e hoje ele assume um caráter de alfabetização informacional e comunicacional. “O Despertar para o Conhecimento divide-se em duas etapas: Informática Básica que compreende 75 horas/aula e a Informática Avançada compreende 50 horas/aula. No projeto damos ênfase à ‘relação com o saber’ e ao grau de avanço da inserção do aprendente/operário à nova maneira de se relacionar com o aprender e aos indicadores que nos levam a certificação do desenvolvimento a partir da análise de quatro competências básicas: competências relacionais, competências cognitivas e competências produtivas”, explica Valéria Freire.
O operário, Jailson de Jesus França, decidiu participar do projeto por ver nele uma possibilidade de crescimento. “Para mim este curso é um recomeço. Tem mais de seis anos que estou sem estudar e esse conhecimento básico em informática vai me ajudar para que mais na frente eu possa fazer outros cursos e quem sabe alcançar o meu objetivo que é o de cursar uma faculdade. Hoje o mercado de trabalho exige que o profissional tenha o mínimo de domínio de informática. Ela faz parte de tudo, principalmente com a ajuda da internet, não importando sua profissão”, disse Jailson de Jesus.