Projeto Sergipanidade homenageia Cacique Serigy

O Instituto Luciano Barreto Júnior (ILBJ), responsabilidade social da Construtora Celi, realiza em cada final de módulo projetos interdisciplinares que envolvem os módulos de Português, Matemática, Informática e Cidadania & Trabalho. De 4 a 14 de abril o ILBJ abriu as portas para o projeto Sergipanidade que tem o objetivo de valorizar a memória artística e cultural do estado de Sergipe. Em 2016 os adolescentes e jovens homenagearam o Cacique Serigy que se destacou por ter liderado uma forte milícia indígena contra os invasores portugueses, por mais de 30 anos. O projeto Sergipanidade apresenta através de atividades práticas e lúdicas a importância da preservação das tradições, do reconhecimento de nossas histórias, de nossas personalidades, de nossos lugares e proporciona aos jovens a consciência cultural através do conhecimento de suas raízes.“Temos homenageado durante esses sete anos de existência do projeto personalidades da cultura sergipana. São escritores, pintores, poetas de reconhecimento nacional e internacional. Nunca homenageamos um índio e este ano nos questionamos o porquê de não homenagearmos o dono da terra, conhecer sua história suas singularidades de herói. Escolhemos Cacique Serigy, pois é quem melhor representa esta terra nesse momento ou em qualquer momento em que se fale de identidade, sentimento de pertencimento”, ressaltou a gerente e coordenadora pedagógica do ILBJ, Valéria Freire.Palestras sobre pertencimento cultural, produção de peças teatrais, paródias, vídeo reportagens, visitas às estátuas do Cacique Serigy que estão localizadas no centro de Aracaju e muita pesquisa foram algumas das atividades realizados nos dez dias do projeto. “A figura do Cacique Serigy, mesmo desconhecida para os jovens, despertou um grande movimento de busca do conhecimento, motor principal para alcançarmos os objetivos pedagógicos do projeto. A história de luta e resistência do Cacique, permitiu abordarmos ações e conceitos de cunho ético-cidadão, como: trabalho e pensamento coletivo, o cuidado com as coisas comuns, o espírito de luta para construir e alcançar as metas individuais e coletivas, ter orgulho de ser sergipano e valorizar a nossa cultura e nossos patrimônios tanto material, quanto imaterial”, explicou o educador social de Cidadania e Trabalho, Edilberto Filho.           Segundo a educadora social de português, Gleide Selma, as experiências que os jovens obtiveram, serviram de base para o conhecimento do nosso povo, do desejo de valorização e lutar por aquilo que é nosso. “Nossa cultura, nossa história, nosso dialeto, nossa comida, nosso trejeito, nossas crenças e costumes devem ser rememorados sempre.  Trabalhar sergipanidade é fazer com que a cada dia tenhamos orgulho de ser sergipano, e não aceitarmos falácias pejorativas sobre nossa gente e nem tão pouco nos colocarmos como ‘quintal da Bahia’. Pois, somos valorosos e valentes como Serigy”, afirmou a educadora.